Sucumi

Sucumi / Sukhumi / Sokhumi / Sukhum / Aqwa

სოხუმი / Сухум / Аҟəа

  Cidade  
Vista geral de Sucumi em 1915
Vista geral de Sucumi em 1915
Vista geral de Sucumi em 1915
Localização
Localização de Sucumi / Sukhumi / Sokhumi / Sukhum / Aqwa
Localização de Sucumi / Sukhumi / Sokhumi / Sukhum / Aqwa
Sucumi / Sukhumi / Sokhumi / Sukhum / Aqwa está localizado em: Geórgia
Sucumi / Sukhumi / Sokhumi / Sukhum / Aqwa
Localização de Sucumi na Geórgia.
Coordenadas 43° 00′ 12″ N, 41° 00′ 55″ L
País  Geórgia / Abecásia
Região Abecásia
Município Sucumi
Administração
Prefeito Beslan Eshba
Características geográficas
Área total 27 km²
População total (2011) 62,914[1] hab.
Altitude 20 m
Fuso horário MSK (UTC+3)
Sítio sukhumcity.ru

Sucumi,[2] Sucúmi[3] ou Sukhumi (georgiano: სოხუმი, Sokhumi; abecásio: Аҟəа, Aqwa), é a capital da Abecásia, uma república independente de facto, que é internacionalmente reconhecida como sendo uma república autônoma dentro da Geórgia.

A cidade tem uma história longa e significativa. Sofreu pesadamente durante os treze meses que durou o conflito étnico entre as forças de governo georgianas e separatistas abecásios reforçados por militantes caucasianos do norte, cossacos e apoiados não oficialmente pelas forças russas estacionadas em Gudauta (cidade também da região da Abecásia) nos anos de 1992 e 1993.

Sukhumi é uma transliteração do idioma russo para o nome da cidade em georgiano. Outra variante abecásia do nome da cidade, quando eles falam ou escrevem em russo, é Sukhum (russo: Сухум, uma ortografia muito usada na Rússia Imperial).

Etimologia

Na Abecásia, a cidade é conhecida como Аҟəа (Aqwa), que segundo a tradição nativa significa água. Na Geórgia, a cidade é conhecida como სოხუმი (Sokhumi) e em russo como Сухум (Sukhum) ou Сухуми (Sukhumi). A etimologia dessas formas é contestada. Em português, a transcrição correta do nome da cidade é Sucumi. A cidade era anteriormente conhecido em turco como Sukum-Kale, que pode ser lido no sentido de "água-fortaleza de areia".[4][5][6]

História

O Sohum-Kale forte no início do século XIX
Jardim Botânico de Sucumi

A história da cidade começou em meados do século VI a.C., local frequentado por tribos colcas. Foi substituído pela colônia de Mileto grego de Dioscúrias (grego: Διοσκουριάς). Tornou-se ativamente engajada no comércio entre a Grécia e as tribos indígenas, na importação de mercadorias de várias partes da Grécia, e exportação de sal, madeira branca, linho e cânhamo locais. Era também um centro principal do comércio de escravos da Cólquida.

Sob o imperador romano Augusto, a cidade assumiu o nome de Sebastópolis (grego: Σεβαστούπολις). Em 542 os romanos evacuaram a cidade e demoliram a sua cidadela para impedir que fosse capturada pelo Império Sassânida. Em 565, porém, o imperador Justiniano I restaurou o forte e Sebastópolis continuou a ser um dos redutos bizantinos na Cólquida, até ser tomado pelos árabes do conquistador Maruane II em 736.[7]

Cais de Sucumi

Após a Revolução Russa de 1917, a cidade encontrou-se no meio do caos da Guerra Civil Russa. O governo bolchevique foi suprimido em maio de 1918 e Sucumi foi incorporada na República Democrática da Geórgia, incluindo a residência do Conselho Popular Autónomo da Abecásia e a sede do governador-geral georgiano.

Sucumi foi um centro do conflito georgiano-abecásio, e a cidade foi severamente danificada durante a guerra (1992–1993). Durante o cerco de Sucumi (1992–1993), a cidade e seus arredores sofreram ataques aéreos e bombardeamentos quase diários de artilharia, com pesadas baixas civis. Em 27 de setembro de 1993, a batalha de Sucumi terminou com uma campanha de limpeza étnica em escala contra a população georgiana, incluindo membros do governo abecásio (Zhiuli Shartava, Raul Eshba e outros) e o prefeito de Sucumi. Embora a cidade tenha sido relativamente pacificada e parcialmente reconstruída, ainda está a sofrer as consequências da guerra, e não recuperou ainda a sua diversidade étnica. Sua população estimada em 2011 era de 62 914, em comparação com os cerca de 120 000 em 1989.[8][1]

Ponte medieval sobre o rio Basla conhecida como ponte da rainha Tamara

Demografia

Etnia[1] %
Abecásios 56,3
Russos 16,9
Armênios 12,7
Georgianos 4,2
Gregos 1,5

Transportes

Ver também

Referências

  1. a b c НАСЕЛЕНИЕ АБХАЗИИl
  2. Rocha, Carlos (21 de outubro de 2013). «Aportuguesamento de vários topónimos estrangeiros». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 21 de outubro de 2013 
  3. Paulo, Correia (Primavera de 2024). «Geórgia — ficha de país» (PDF). Bruxelas: a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 18-21. ISSN 1830-7809. Consultado em 30 de julho de 2024 
  4. [1]
  5. [2]
  6. Путеводитель по городу Сухуму и Сухумскому Округу с историко-этнографическим очерком
  7. The Abkhazians
  8. GEORGIA/ABKHAZIA: VIOLATIONS OF THE LAWS OF WAR AND RUSSIA'S ROLE IN THE CONFLICT
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1 Nação transcontinental.  2 Inteiramente no Sudoeste da Ásia, mas com ligações sócio-política com a Europa.  3 países parcialmente reconhecidos.  4 Dependências da Coroa do Reino Unido ou Território ultramarino do Reino Unido.  6 Também a sede da União Europeia, veja Localização de instituições da União Europeia e Bruxelas e a União Europeia.