Ruy Cezar

Ruy Cezar Costa Silva (Ibirataia, 15 de setembro de 1956 — Salvador, 28 de junho de 2013) foi um ativista, educador e gestor cultural brasileiro[1].

Estudou Comunicação na Universidade Federal da Bahia. Ainda na década de 1970, filiou-se ao então clandestino Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e militou no movimento estudantil. Usava o teatro como recurso político, apresentando peças nas assembleias da faculdade para discutir temas como a violência contra a mulher. Foi preso e torturado pela ditadura devido ao seu trabalho para o jornal universitário Faca Amolada. Ajudou a reconstruir a União Nacional dos Estudantes (UNE), da qual foi o primeiro presidente eleito por por voto direto, em 1979, derrotando a chapa liderada por Ciro Gomes[2].

Deixou a direção da UNE em 1981 e passou a se trabalhar nas áreas de cultura e educação. Fundou em 1982 em Salvador a Casa Via Magia, entidade voltada para educação infantil, o desenvolvimento comunitário e a cooperação cultural. Também na capital baiana criou o Mercado Cultural, festival anual com artistas independentes de todo o mundo[3]. Com apoio da Fundação Rockefeller, criou a Rede Latinoamericana de Produtores Culturais. Promoveu também o Fórum Cultural Mundial em São Paulo, em 2004, e no Rio de Janeiro, em 2006[4].

Recebeu postumamente a Ordem do Mérito Cultural, em 2015.[5]

Referências

  1. Cremado no Jardim da Saudade o corpo de Ruy Cesar Costa e Silva, produtor cultural, educador e reconstrutor da UNE. Bahia em Pauta, 29 de junho de 2013
  2. Rui César. Memórias da Ditadura
  3. Caldeirão Criativo. IstoÉ, 15 de janeiro de 2003
  4. Nota da UNE sobre a morte de seu ex-presidente, Ruy Cezar. UNE, 28 de junho de 2013
  5. Ministério da Cultura homenageia Ruy César. Informe Ipiaú, 15 de novembro de 2015