Azelene Kaingang

Azelene Kaingang
Azelene Kaingang
Azelene sendo entrevistada pela Radiobrás durante a Primeira Conferência Nacional dos Povos Indígenas
Nome completo Azelene Kring Inácio Kaingáng[1]
Nascimento 1965
Terra Indígena Carreteiro, Água Santa, Rio Grande do Sul, Brasil
Ocupação socióloga e líder indígena caingangue
Prêmios Prêmio Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República, Comenda da Ordem do Mérito Cultural 2010

Azelene Kring Inácio Kaingang (Água Santa, 1965) é uma socióloga e líder indígena brasileira da etnia caingangue.

Biografia

Nasceu na Terra Indígena Carreteiro, no município de Água Santa, no estado do Rio Grande do Sul. Formou-se em sociologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e, em seguida, ingressou no mestrado em dinâmicas sociais e políticas regionais da Universidade de Chapecó.

Tornou-se servidora da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 1994 e, atualmente, ocupa o cargo de Diretora de Proteção Territorial do órgão. Integrou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena. Participou da redação da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas entre 2003 e 2007. Participou da Reunião de Negociações para a Busca de Consensos entre Estados e Povos Indígenas da Organização dos Estados Americanos.

Em 2006 ganhou o Prêmio Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República.[2] É fundadora e membro da Comissão Nacional das Mulheres Indígenas e do Warã Instituto Indígena Brasileiro. Em 2 de dezembro de 2010, recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Cultural 2010, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua luta pelos direitos dos índios brasileiros.[3]

Em maio de 2011 foi impedida pela FUNAI de participar da décima edição do Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas sobre Questões Indígenas que seria realizado na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A fundação, da qual Azelene é funcionária, temia que ela denunciasse a falta de participação indígena na decisão da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.[4]

Em 2019, foi exonerada do cargo de diretora de Proteção Territorial da Funai pelo ministro Sergio Moro.[5]

Referências

  1. Azelene não pode ir à Nova Iorque: Funai barra saída de índia que ia falar de Belo Monte nos EUA
  2. Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro. «Nova história das mulheres no Brasil». Editora Contexto. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  3. Azelene Kaingáng, recebeu a Come
  4. Funai não libera índia para ir a ONU fazer críticas a Belo Monte
  5. «Após ter exoneração pedida por Moro, diretora da Funai diz que segue 'trabalhando normalmente'». O Globo. 14 de janeiro de 2019. Consultado em 15 de janeiro de 2019 
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