Aires Gomes da Silva, 3.º senhor de Vagos

Aires Gomes da Silva, 3.º senhor de Vagos
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Ocupação oficial
Prêmios
Título cavaleiro
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Aires Gomes da Silva, foi senhor de Vagos, regedor da Casa do Cível de Lisboa e alcaide-mor de Montemor-o-Velho.

Esteve envolvido, ao lado se seu pai na conquista de Ceuta, sendo aí armado cavaleiro por D. Pedro, duque de Coimbra. Desde aí se manterá sempre fiel ao futuro regente do Reino de Portugal. Terá ido com ele viajar e foi ele que, a pedido do infante, se deslocou a Valença de Aragão, onde encontrou a noiva pretendida e de igual elevada condição que tanto o satisfez, a D. Isabel de Urgel[1].

Exerceu, durante uns anos, o cargo de regedor da comarca Entre-Douro e Minho e que depois acumulou com as funções de vedor das obras na mesma província na substituição de seu pai[2].

Em 11 de Maio de 1445, obteve os bens em Valença do Minho de Estevão Fernades, que era residente nessa vila, por este andar fugido por um crime que tinha cometido há muito[2].

Morreu na Batalha de Alfarrobeira como partidário do príncipe regente[3].

Depois de terem sido devolvidos todos os bens do marido, a viúva foi a fundadora do monumental Mosteiro de São Marcos de Coimbra, onde seu sogro tinha construída uma ermida[4].

Dados genealógicos

Era filho de João Gomes da Silva, senhor de Vagos, e de Margarida Coelho, filha de Gonçalo Pires Coelho e de Maria da Silva.

Casou uma primeira vez com Leonor de Miranda, filha Martim Afonso Charneca, bispo do Porto e de Braga.

Tiveram:

  • Leonor da Silva que casou com D. Fernando de Meneses, 2.º senhor de Cantanhede[5].

Casou uma segunda vez com D. Beatriz de Meneses, filha de D. Teresa Vasques Coutinho e de D. Martinho de Meneses, 1.º senhor de Cantanhede[5], que foi aia e camareira-mor da Rainha D. Isabel, que igualmente depois teve a muito jovem infanta Santa Joana Princesa ao seu cuidado, e isso até vir a recolher-se junto ao Mosteiro de São Marcos, perto de Tentúgal, por ela fundado e dotado, em 1458, vindo aí a falecer em 1466[6].

Tiveram:

Referências

  1. A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico. Vol. II, por Humberto Baquero Moreno, Universidade do Porto, pág. 1063
  2. a b A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico. Vol. II, por Humberto Baquero Moreno, Universidade do Porto, pág. 1065
  3. Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, por António Carvalho da Costa, Tomo II, Lisboa, 1708, pág. 55
  4. Raquel Fraga. «Igreja de São Marcos, incluindo a Capela dos Reis Magos, o retábulo do altar-mor, os túmulos dos Silvas e a sacristia, e o claustro, a casa do capítulo e as adegas do antigo Convento de São Marcos». Direção Geral do Património Cultural 
  5. a b c A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico. Vol. II, por Humberto Baquero Moreno, Universidade do Porto, pág. 1069
  6. «Joana Princesa e Infanta, irmã de Dom João II, por Mário Casa Nova Martins, alameda digital». Consultado em 6 de setembro de 2017. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2015 
  7. Moreno 1980, p. 1047

Bibliografia

  • Moreno, Humberto Baquero (1980). A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico. II. [S.l.]: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. ISBN 9789726160045 
  • A Descendência Portuguesa de El-Rei D. João II, por Fernando de Castro da Silva Canedo, Fernando Santos e Rodrigo Faria de Castro, 2ª Edição, Braga, 1993, vol. I, pg. 21
  • Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gayo, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IX, pg. 388 (Silvas)
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